Honestamente, um game com grande potencial desperdiçado por conta de mundo aberto, mais uma vez.
Estava com muitas expectativas para Rise of The Ronin pois a Team Ninja havia feito um excelente trabalho em seus títulos anteriores da série Nioh e o mais recente Wulong, mas infelizmente a sede ao pote foi muito grande e a decepção bateu forte. Apesar de ser um bom game, ele não é aquela experiência redonda que esperamos, deixando muitas vezes vários furos no roteiro.
Começando pela história, digo que é uma das mais confusas que já vi recentemente em um game. Personagens bem fracos (com algumas exceções) e sem carisma tentando a todo custo "participar" do tempo de tela sem nem precisar. Como Ronin, temos uma missão específica para fazer e em teoria precisamos escolher de que lado ficaremos, porém isso nunca acontece. Personagens "chave" que precisamos buscar o paradeiro na missão principal nos chamando para fazer quest secundária, enfim, uma confusão só. A gente nunca sabe de que lado está, pois somos obrigados a jogar tanto para o xogunato quanto para os rebeldes, e nem quem é aliado ou inimigo.
Já a jogabilidade do jogo é desastrosa, infelizmente. Em Wulong nós também temos o sistema de defesa e parry, porém em Rise of the Ronin os inimigos tem um combo absurdamente grande e que nos obriga a adivinhar os timings de seus golpes para não sermos surrados em dois toques. Além disso, parace que nunca estamos forte o suficiente, pois mesmo os inimigos mais fracos demoram e muito para morrer, sendo que um ataque deles já é o suficiente para nos deixar com pouca vida. Ainda, não existe muito aquele esquema de desbloqueio de combos de Nioh, que eu achava incrível, simplesmente a arma tem aqueles combos e é isso aí.
Apesar de ter um cenário gigantesco, de 3 mapas e super repetitivo, Rise of the Ronin possui paisagens incríveis, mas mal aproveitadas. Sinto que o jogo peca em uma escolha de design de cenário quanto somos obrigados a resolver puzzles sem sentido para acessarmos áreas comuns, como entrar numa casa que foi trancada com um toco de madeira por dentro (?). Pelo menos, temos estações do ano no jogo e uma bela exploração via água se quiser descobrir alguns segredos.
E por fim, as músicas são bem legais, assim como as dublagens em japonês, mas nada que me marcou e que me instigou a buscar mais sobre quem era responsável por cada uma delas. Apenas casam bem com o jogo, mas nada de mais.
Resumidamente, Rise of The Ronin poderia ter sido bem mais divertido. Ele é um jogo legalzinho, mas a exploração repetitiva, a história confusa e a jogabilidade funcionando só quando quer, dá uma desmotivada legal. É uma pena, pois eu sei que ele poderia ter sido uma nova ipê de grande sucesso e impacto e acho que vai acabar sendo filho único. Recomendo apenas em uma promoção de no mínimo 60%.
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